Público, 09.07.2009, Patrícia Carvalho
Daqui a uns meses, quando passear numa rua do Porto, vai poder dirigir-se ao ecrã interactivo mais próximo e, com um toque de dedo, verificar quais os transportes públicos mais próximos de si e o horário a que circulam, se o parque de estacionamento que procura tem a lotação esgotada e se a estrada que o leva a casa está sem qualquer problema. Além de uma série de informações turísticas e culturais.
Esta será a espinha dorsal do Plano Urbano de Mobilidade que a cidade
vai implementar, em parceria com a empresa Living PlanIt (que, por sua
vez, trabalhará com um vasto conjunto de parceiros). Manuel Simas,
vice-presidente da PlanIt Mobile, diz que a empresa escolheu o Porto
para avançar com este primeiro modelo de mobilidade à escala urbana por
lhe parecer o local ideal para "mostrar como se deve viver numa cidade".
O projecto, apresentado como sendo de "investigação, desenvolvimento e
exploração", vai ter três fases e será custeado, na totalidade, pela
Living PlanIt e os seus parceiros. "É ainda processo experimental",
justificou Manuel Simas, acrescentando que as empresas têm "todo o
interesse em testar" os seus equipamentos e ver como tudo se conjuga no
Porto.
Na primeira fase, que se estenderá entre Agosto e Março de 2010, vão
ser já introduzidas duas smart walls, ecrãs interactivos, junto à
Câmara do Porto e no Via Catarina, disponibilizando, assim, a
informação que se propõe fazer chegar aos cidadãos. Na fase final desta
primeira fase deverão começar a circular também dois autocarros e duas
carruagens de comboio ou de metro, assim como táxis, com ecrãs onde os
utentes podem perceber qual a próxima paragem, onde fica a farmácia
mais próxima. O objectivo é que os pontos de informação interactivos
forneçam também dados sobre eventos culturais ou publicitem espaços
comerciais e a sua respectiva localização.
Nos meses de Março e Abril, as empresas vão avaliar a primeira fase e determinar, exactamente, o que a
cidade comporta em termos deste plano de mobilidade. "Será a fase em
que poderemos passar de dois táxis para 25 ou de informação sobre dois
centros comerciais para 50", exemplifica Manuel Simas. A implementação
do plano deverá estar concluída até ao final do ano de 2010.
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