Público/Lusa, 01.06.2009
Os promotores do projecto do Largo do Rato, da autoria dos arquitectos Frederico Valsassina e Manuel Aires Mateus, processaram a Câmara de Lisboa e os vereadores que rejeitaram a licença de construção do edifício. Diogo Jardim, da Artepura - Investimentos Imobiliários, afirmou que "nenhum dos 11 vereadores que mantiveram o indeferimento apresentou qualquer razão válida para o projecto não ser licenciado.
"Avançámos com um processo contra cada um deles, além do processo
contra a Câmara de Lisboa pelo não-licenciamento", adiantou o
administrador, notando os prejuízos pela não-construção do edifício no
gaveto formado pelas ruas do Salitre e Alexandre Herculano. "Escusado
será dizer os prejuízos que a empresa teve. Se tudo corresse bem,
estaríamos a vender o nosso produto numa altura em que o mercado estava
no auge, o que não é o caso agora", sublinhou Diogo Jardim. "Estamos a
falar de uma área de cinco mil metros quadrados numa das zonas mais
nobres de Lisboa".
Em Novembro passado, a câmara rejeitou pela segunda vez a emissão de
licença de construção do edifício, depois de em 2005 o projecto de
arquitectura ter sido aprovado pela autarquia, então liderada pelo PSD.
O vereador do Urbanismo, Manuel Salgado, comentou que a câmara "aguarda
ser ouvida neste processo". Salgado propôs a emissão de licença e,
anteriormente, disse que o pelouro que tutela "não teve hesitações"
quanto à qualidade do projecto e que este "cumpre todos os
regulamentos".
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