"O pior seria criar um fundo de coesão territorial" |
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Nuno Vitorino, consultor e ex-Coordenador do Observatório do QCA III, participou, a convite da Ad Urbem, no debate sobre a coesão territorial europeia realizado no dia 13 de Maio no LNEC, tendo-se afirmado desiludido com o Livro Verde sobre a Política de Coesão Territorial e considerado que "o pior que nos poderia acontecer seria um fundo de coesão territorial". O mais importante é "ver a dimensão não financeira, mas estruturante, da coesão territorial", do triplo ponto de vista da convergência, equidade e governação, disse ainda.
Nuno Vitorino foi um dos oradores convidados pela Ad Urbem, que
promoveu a sessão de debate sobre a politica de
coesão territorial a propósito da recente discussão
pública no âmbito do Livro Verde sobre a Política de Coesão Territorial
da União Europeia.
Margarida Pereira, presidente da Associação Portuguesa de Geógrafos,
também convidada pela Ad Urbem, afirmou que os instrumentos de gestão
de territorial têm dificuldades em responder ao problema da coesão
territorial, uma vez que continua a prevalecer a lógica do sectorial
sobre o territorial, a administração do território está cada vez mais
sectorializada e a falta de articulação agrava esta tendência. Nesta sistemática prevalência da óptica sectorial considerou que tem
responsabilidades a própria União Europeia, uma vez que os fundos
comunitários são geridos e recebidos por via sectorial.
Margarida Pereira também assinalou a Instabilidade que os ciclos
eleitorais introduzem no sistema de gestão territorial, que faz com que
"uma estratégia de desenvolvimento territorial nunca consegue chegar ao
fim", concluindo que "é necessário consolidar as estruturas de
governância, mas a administração não se tem articulado e a sociedade
civil não tem conseguido dinamizar e manter estruturas".
A Ad Urbem participou institucionalmente na discussão pública do Livro Verde sobre a
Política de Coesão Territorial da União Europeia, na qualidade de think
tank registado.
Parecer da Ad Urbem
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