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Amadora assume urbanização abandonada Imprimir E-mail

in Público, 19.04.2009, Inês Boaventura

A Câmara da Amadora vai avançar com as obras de urbanização no Moinho do Guizo, na freguesia de São Brás, substituindo-se ao urbanizador que há vários anos deixou por concluir obras da sua responsabilidade. A intervenção está orçada em mais de 1,2 milhões de euros e pode arrancar até Julho. Arruamentos por terminar, passeios por fazer, espaços ajardinados e parques infantis que não saíram do papel e deficiências ao nível da limpeza são alguns dos problemas com que a urbanização do Moinho do Guizo se debate, desde que os primeiros moradores se instalaram em 2004.

A "culpa", garante o vereador das Obras Municipais, Gabriel Oliveira, é do urbanizador, que "abandonou a obra e nunca mais apareceu". "O senhor baldou-se e tivemos de actuar", diz o autarca, explicando que por imposições legais só agora foi possível avançar com o levantamento das garantias bancárias depositadas pelo urbanizador, com vista à realização de obras que eram da sua responsabilidade. Gabriel Oliveira acrescenta que este valor, que ronda os 900 mil euros, é insuficiente para a intervenção, pelo que a autarquia pretende obter o valor remanescente através da apropriação de lotes de terreno de que a empresa Soprendi é proprietária.

O executivo camarário aprovou por unanimidade o lançamento de um concurso público, no valor de mais de 1,2 milhões de euros, para a "conclusão dos arruamentos, colocação da camada de desgaste, pavimentação, construção dos estacionamentos e espaços verdes, construção de parques infantis e colocação da iluminação pública". Vão também ser instalados no local contentores de profundidade para a deposição de resíduos sólidos indiferenciados e ecopontos de superfície.

O vereador das Obras Municipais acredita que a obra poderá arrancar até Julho, devendo prolongar-se por um prazo de cinco ou seis meses. "Não vamos pactuar com situações em que os urbanizadores não queiram concluir as obras", avisa Gabriel Oliveira, revelando que a autarquia se debate com pelo menos uma outra situação do género, na Serra de Carnaxide, na qual pretende também realizar obras em substituição do urbanizador.

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