in Público, 31.03.2009, Ana Henriques
A Câmara de Lisboa lançou um concurso para a exploração de seis quiosques na Avenida da Liberdade, para substituir os que existiam até há pouco tempo. Cada um dos quiosques deverá ter uma área temática: um deles servirá chocolates, chás e cafés; outro saladas, frutos e sumos naturais; um terceiro será dedicado aos vinhos, queijos e enchidos; haverá ainda uma esplanada de petiscos e tapas, um quiosque-cervejaria e, por fim, o último espaço pode estar subordinado ao tema que o concessionário entender. Todos os quiosques terão Internet sem fios gratuita.
Caberá aos concorrentes fabricar e instalar as estruturas, que devem
ter "uma linguagem comum, numa reinterpretação dos antigos quiosques
lisboetas do final do séc. XIX". Além de custear os quiosques, o
concessionário pagará três mil euros mensais à autarquia, ou seja, 500
por cada quiosque. O município quer que os seis quiosques da avenida
fiquem nas mãos do mesmo concessionário durante pelo menos dez anos,
terminando o prazo das candidaturas a 30 de Abril. Este quiosques irão substituir as esplanadas que ali funcionaram até há
pouco tempo, três estruturas a precisar de reforma, duas das quais
foram já retiradas do local. Apenas uma se mantém ainda de portas
abertas. As seis novas esplanadas não deverão abrir antes do final do
Verão. Para mais breve - daqui a cerca de uma semana - está a abertura dos
quiosques de refrescos tradicionais do Largo do Camões, do Príncipe
Real e do Jardim das Flores, concessionados a Catarina Portas.
Limonadas, capilés e groselhas prometem ajudar a suportar os calores do
Verão. Tudo receitas caseiras: as marcas existentes no mercado não
agradaram à jornalista e empresária por causa dos aromas artificiais.
Para acompanhar haverá sanduíches também tradicionais: nuns dias de
pasta de grão com bacalhau desfiado, noutros de pasta de sardinha ou de
marmelada com queijo. Na lista de guloseimas estão os rebuçados de ovo
de Portalegre. Ao contrário dos quiosques que irão para a avenida, os de Catarina
Portas são genuinamente antigos, tendo sido restaurados para o efeito.
Irão estar abertos praticamente todos os dias do ano das 7h30 à
meia-noite, à excepção do do Largo do Camões, que encerrará uma hora
mais tarde, devido à proximidade do Bairro Alto. Cerveja é que não
haverá por aqui, garante a empresária, que propõe como alternativas o
leite perfumado - leite fervido com canela e limão e servido muito
gelado -, a ginjinha, o Licor Beirão, o vinho do Porto e a amêndoa
amarga.
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