O papel das cidades no século XXI é o tema do ciclo de conferências organizado pela Parque EXPO, que se realiza em Novembro, no Pavilhão de Portugal, integrado nas celebrações do 10.º aniversário da EXPO’98. Subordinados ao tema “ A Cidade no Século XXI: Reflexões, Desafios e Estratégias”, os debates incidem sobre a requalificação urbana e ambiental, o planeamento e ordenamento do território e a qualidade de vida urbana.
O ciclo de conferências abre no dia 6 com a apresentação de Sir Peter Hall sobre o futuro das cidades europeias no século XXI. No dia 11, o arquitecto Luís Vassalo Rosa comenta o tema “Cidades, Comunidades e Invenções do Futuro – Realidades e Utopias”, e a 13 o professor Guy Burgel apresenta a conferência “La Revanche des Villes: un defi pour le XXIéme siecle”. No dia 18 o arquitecto Manuel Graça Dias lança o tema “Da Cidade que deixará de ser viária” e a 20 o professor Christian Matthiessen retrata “The European Metropolitan Competition Perspective: Challenges and Strategies in a cross-border region: Copenhagen – Malmö.". O evento encerra a 25 com uma reflexão de António Mega Ferreira subordinada ao tema “A Condição Urbana”. Em discussão estão os diversos futuros possíveis das cidades, face à necessidade de responder às alterações climáticas e à capacidade de promover processos de regeneração, da recuperação demográfica à inovação, tecnológica, organizativa e cultural. O Pavilhão de Portugal foi eleito para a realização do ciclo de conferências por representar um dos marcos da EXPO’98, a exposição que transformou o panorama urbano na cidade de Lisboa e que afirmou a notoriedade de Portugal a nível internacional. Dez anos depois, a Parque EXPO, na qualidade de impulsionadora da EXPO’98, promotora da operação de revitalização urbana e gestora do espaço público, convida urbanistas portugueses e estrangeiros a reflectir sobre os desafios das cidades actuais e as estratégias para as cidades do futuro. Para o professor Jorge Gaspar, comissário do ciclo de conferências, “Numa história milenar, as cidades têm evidenciado destinos diversos, mas a grande maioria tem mostrado uma enorme capacidade de adaptação aos tempos, reciclando não só a infra-estrutura mas também as funções e as vocações. A cidade é a forma superior de organização territorial, económica, social e política da espécie humana. A grande maioria das cidades fundadas/edificadas nos últimos dois mil anos resistiram a catástrofes naturais e humanas, sobreviveram a diferentes formas de organização política, acomodaram-se a diferentes religiões, culturas e posicionamentos geo estratégicos, ainda que para isso tenham passado por períodos de declínio de que renasceram. As cidades são hoje, de novo, detentoras da esperança dos povos, respondendo às grandes ambições do mundo global: resposta para as alterações climáticas, capacidades para promoverem processos de regeneração, que vão da recuperação demográfica à inovação, tecnológica, organizativa e cultural.” As conferências têm entrada livre limitada à assistência da sala. Programa Anuncio
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