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Novos caminhos a pé ou de bicicleta em Lisboa Imprimir E-mail

Público, 20.05.2008

Sempre a pedalar. De Monsanto ao Parque Eduardo VII. Da mata de Alvalade a Chelas, e daqui ao Parque das Nações. De bicicleta e também a pé. O projecto dá pelo pomposo nome de "Rede e percursos cicláveis", e consiste em abrir caminhos onde peões e ciclistas possam andar à vontade. E em ligá-los uns aos outros cidade fora. Caminhos rasgados nos espaços verdes, mas também no meio da malha urbana, como na Av. do Brasil, onde o Hospital Júlio de Matos se abrirá aos amantes dos transportes não poluentes para que estes possam chegar à Quinta das Conchas e ao Parque Periférico, no Lumiar.

Ontem os responsáveis camarários prometeram melhoramentos para cada uma das freguesias da cidade, da requalificação total do Parque Eduardo VII - Estufa Fria incluída - à colocação de WC na Alameda Keil do Amaral, em Monsanto. A transformação radical da Av. Duque d"Ávila (ver texto acima) não ficará pronta antes de Agosto de 2009, altura em que deverá também ficar pronto o parque urbano da Quinta da Granja, em Benfica. Por essa altura prevê-se que os lisboetas possam usufruir dos seus miradouros devidamente arranjados: Nossa Senhora do Monte, Graça, Monte Agudo, Penha de França, Santa Luzia e Torel.

A autarquia quer ainda criar, igualmente em 2009, um percurso entre Santa Catarina e o Jardim Botânico, passando pela Academia das Ciências e pelo antigo liceu Passos Manuel, bem como um "corredor patrimonial turístico" entre o Jardim do Torel, no topo da colina, e o Ateneu, na rua do Coliseu.

Ainda no meio urbano há a destacar a promessa de requalificação da Praça Paiva Couceiro, na Penha de França, que passará a contar com um parque infantil, e do Largo da Trindade, com ajuda financeira da Santa Casa da Misericórdia, que aqui tem a sua sede. Daqui partirá um percurso até ao Largo do Carmo e às futuras esplanadas do quartel do Carmo. Na cidade dos escritórios salienta-se o arranjo da Av. Fontes Pereira de Melo, onde até já o vereador dos espaços públicos notou a ausência de continuidade dos passeios. No Saldanha os passeios serão alargados e neles serão plantados jacarandás - mas nunca antes de 2010, apesar de o projecto desenvolvido pelos técnicos camarários estar datado de 2005.

Atrasada está também a abertura da praça situada nas traseiras da estação ferroviária do Rossio, o Largo Duque de Cadaval, ao que diz o município por questões ligadas à recepção da obra, pronta há vários meses. O vereador Sá Fernandes equaciona a possibilidade de aqui colocar uma esplanada. Já o vizinho Rossio sofrerá apenas melhorias na iluminação. Subindo até à Av. da Liberdade, onde deverão ser implantados oito quiosques de restauração, segue-se o jardim da Praça da Alegria cuja recuperação está marcada para o primeiro trimestre de 2009.

Noutra ponta da cidade, entre a Ajuda e o Restelo, o Parque dos Moinhos de Santana tem o seu alargamento prometido igualmente para o primeiro trimestre de 2009. E como nem só de parques se faz a cidade, a autarquia quer requalificar com áreas verdes o caminho que acompanha a Segunda Circular. A.H.
Tem duas explicações o milagre da multiplicação de quiosques em parques e jardins que a câmara quer operar. Em primeiro lugar dão jeito: ir passear às zonas verdes não pode querer dizer andar à sede e à fome. Em segundo lugar rendem dinheiro a uma autarquia falida: no centro da cidade o valor mensal de uma destas concessões pode ultrapassar os dez mil euros. Vão ser instalados dois tipos de quiosques: os "bizantinos", um modelo tradicional usado por exemplo em Santos, e os contemporâneos, de linhas direitas.

Ao todo serão instalados 32 novos quiosques e sete restaurantes. E actualizadas as rendas dos antigos.

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