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PDM de Braga prevê crescimento para norte Imprimir E-mail

Público, 15.05.2008, Victor Ferreira 

A expansão da malha urbana de Braga deverá fazer-se na próxima década à custa das áreas a norte do concelho, aproveitando dessa forma a presença de alguns "elementos marcantes" que nos últimos anos foram construídos ou que estão previstas para essa zona. Equipamentos como o novo estádio municipal, o Parque Norte, a área de equipamentos do Vale de Santo Estêvão e o projecto de requalificação das margens do rio Cávado funcionarão, assim, como uma espécie de âncora para o crescimento do concelho. É uma mudança de sentido na lógica da expansão urbana, que está definida na proposta de revisão do Plano Director Municipal (PDM) que vai ser votada hoje, em reunião de câmara.

A proposta é acompanhada por um documento de 20 páginas, elaborado pela Divisão Municipal de Planeamento Urbanístico, e defende que o município deve preocupar-se com intervenções "qualitativas", que consolidem as áreas de expansão privilegiadas pelo antigo PDM, devendo ao mesmo tempo reorientar a expansão urbanística para a área norte do concelho.

O documento, a que o PÚBLICO teve acesso, especifica que esta nova lógica de localização é motivada "pelas novas acessibilidades e consequente aumento da escala territorial", factos que "impõem novas abordagens" ao desenvolvimento urbano de Braga, recomendando ainda que o crescimento seja pautado por uma "maior preocupação ao nível do desenho urbano" e um "maior equilíbrio entre construção, espaço público, ambiente e paisagem". "A tendente expansão para Norte é um motor para a estratégia de planeamento" para a próxima década, sublinha-se ainda no documento que será submetido hoje à vereação.

Quanto às novas áreas destinadas à "estruturação urbanística", estas terão que ser "criteriosamente programadas" e as "prioridades" da câmara devem passar pelo "combate ao desenvolvimento urbano casuístico" e aos "loteamentos desgarrados", recomendam os autores do plano. Outra preocupação a ter em conta para a próxima década é a "desertificação progressiva" do centro histórico e do miolo urbano, bem como a falta de terrenos para instalação de novas empresas. Uma preocupação que, segundo a proposta de revisão do PDM, deverá ganhar destaque no curto prazo, dado que a instalação de novas valências em Braga, como o Laboratório de Nanotecnologia, deverá atrair, em cinco anos, "as maiores indústrias do Norte de Portugal e da Galiza".

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