Público, 18.04.2008, Luís Filipe Sebastião
O presidente da Câmara de Lisboa, António Costa (...) defende que a transformação da Gare do Oriente na futura estação central de Lisboa, com articulação da alta velocidade ao novo aeroporto e ao serviço ferroviário convencional, incluindo o metro, devia servir para "repensar [se se deve manter] o ramal de Santa Apolónia".
A desactivação da servidão ferroviária na zona envolvente de Santa
Apolónia podia, segundo o autarca da capital, dar outros usos aos
terrenos, a estabelecer no âmbito de um plano de urbanização. "A Refer
podia fazer bom dinheiro", notou António Costa, acrescentando que a
cidade também pode retirar proveito da alteração urbanística, pois as
zonas de habitação teriam que contemplar áreas públicas e para
equipamentos.
A gare, de acordo com o autarca, podia ser adaptada para terminal de
cruzeiros, um projecto que a autarquia considera como uma necessidade,
mas que vê com apreensão devido aos planos da construção de grandes
edifícios de apoio na zona portuária à beira do rio. Quanto à eventual
desactivação da estação, Costa não receia que possa representar sérios
prejuízos para os utentes, uma vez que a estação do Oriente, enquanto
intermodal, deverá assegurar uma rápida ligação do Parque das Nações ao
centro da cidade. Nomeadamente através do metro, com futuros
prolongamentos e a ligação já em construção entre São Sebastião,
Saldanha e Gare do Oriente.
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